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Quando criança, nos ensinam a sermos honestos, respeitosos, fieis... e esses valores se convertem em um grande dilema ao longo da vida.
Hoje, com vinte e cinco anos e estudante de recursos humanos, vejo que o mundo está caminhando de outra forma, os valores se converteram, a ganância e a malandragem tomaram conta dos atos que deveriam ser óbvios e naturais. E estamos onde estamos, construindo um mundo hipócrita!!!
Tomamos como exemplo uma entrevista de trabalho, o famoso recrutamento:
Você chega à empresa, bem vestido com uma pasta na mão, é anunciado pela secretária que pede para aguardar cinco minutos. Sentado num sofá, você começa a pensar em mil coisas...
A primeira delas é reparar aquele ambiente de trabalho e chegar a imaginar-se entrando todos os dias por aquela porta. Depois, cai em si, a concentração se volta para esses próximos quarenta minutos que vão decidir seu futuro: A ENTREVISTA!
Possíveis perguntas vêm a sua cabeça... Os desenhos!! Há algum tempo te ensinaram como fazê-los... casa, pessoa e árvore. Todos simétricos, com base e sem exageros. Não se pode esquecer que através desses três desenhos esses especialistas são capazes de descobrir coisas na sua personalidade que você mesmo desconhece. Outra pergunta certeira: seus defeitos. Mas eles também já estão claros, sendo o principal a ser citado: se entregar demais ao trabalho. Você começa a imaginar todos os passos da entrevista, sentar-se com uma boa postura, evitar os gestos exagerados, olhar sempre nos olhos, nunca interromper, responder simplesmente o que foi perguntado, evitar respostas monossilábicas...
Pronto, chegou sua vez. E após os quarenta minutos, previamente estipulados, sua entrevista saiu exatamente como o esperado. Você foi selecionado para a segunda etapa!
E o coitado, que tinha muito mais capacidade para o posto, desenhou a árvore no outono, ou o homem em dia de chuva, sem o guarda-chuva...
Sim, no mundo atual, tudo se pode armar... inclusive seu posto na melhor empresa. Vai depender da sua capacidade de mentir ou cobrir a pessoa certa, para se manter nele. O recrutamento já não busca melhor especialista, busca quem tem a auto-estima mais elevada, capaz de fazer um melhor marketing pessoal.
Em uma entrevista recente, o empresário brasileiro Roberto Shinyashiki, afirma que a depressão acomete 10% da população americana e em países como Japão, Suécia e Noruega a taxa de suicídios chega a ser mais alta que homicídios. E grande parte de culpa dessa depressão, é a preocupação com as aparências.
Criamos um modelo de gestão, composto por pessoas arrogantes, simplesmente porque são esses que sabem manejar uma entrevista de trabalho ou um diretório (apesar de não serem capazes de ler um livro até o final). A motivação e a auto-estima são importantes, mas mais que isso, nosso mundo necessita de competência, rever aqueles antigos e verdadeiros valores. É muito fácil encontrarmos um burro motivado!!
Que a amizade não seja banalizada em um simples brinde. Que o tempo ainda seja o responsável por tanta vida, ainda que inspire morte.
Que o amor sobreviva não como palavra. Que tenhamos sempre a capacidade de senti-lo e transmiti-lo, da maneira mais simples que pudermos.
Que os defeitos não me causem indiferença, e as boas lembranças estejam presentes e sobressaiam. Que a pureza não desapareça, a ingenuidade seja eterna, o abraço, apertado e longo...
Não foi por falta de assunto, nem inspiração. O texto de ontem foi engolido por um apagão, dessa máquina que me tornei tão dependente. Depois disso, virei pro canto e dormi... era tarde.
Hoje o vento sopra forte em Buenos Aires, buenos aires...
Espero que esteja chegando coisas novas!
Há exatamente um ano atrás... o país comemorava a presidenta eleita, Cristina Fernández de Kirchner. Hoje?? Protesto em frente à Casa Rosada... por parte dos produtores rurais, mas ainda há quem a defenda. Eu, como uma boa brasileira (e mineira) e seguindo o conselho do meu pai quando fui morar nos EUA, prefiro não entrar na política.
Voltando aos buenos aires...
Hoje, o dia teve cheiro diferente, e a noite segue assim...
Não recebi nem um olhar especial, mas há algo dentro de mim que me faz sentir bem! Pode ou não ser influência da primavera, de qualquer forma, o cheiro das flores não chega até o sexto andar desse prédio velho da rua Ecuador, minha esperança é que o jasmim que cuidamos com tanto carinho, floresça. E também já desisti de viver aquela cena: deitar na grama da praça numa tarde linda para ler um livro e sentir o cheiro da natureza. Minhas tentativas foram sempre frustradas, terminam com uma cagada de pomba na cabeça, com muita sorte, na manga da camisa.
O fato, é que não sei o motivo desse sentimento...
E não importa, que ninguém me tire isso!!
Termino de criar meu blog! Acompanhando a filosofia de que segunda é dia de iniciar projetos... aqui estou eu! Mesmo que esse projeto seja uma página para escrever sobre mim mesma, ou qualquer assunto que me venha a cabeça. Isso partiu por influencia do meu irmão... (ainda vão ler sobre ele). A única coisa que não consegui fazer, foi mudar o idioma... que por enquanto, fica em espanhol, apesar das postagens serem feitas em portugues, ou pelo menos a maioria delas. Não sei se isso seria uma especie de diario compartilhado... uma terapia intensiva... falta de amizades... do que fazer ou tentativa de popularidade... rs. Não, na verdade, não acredito que um blog chegue a tanto. Talvez me dure uma semana, ou menos... como ja disse, o que vou fazer é escrever o que tenho vontade, um assunto que me chamou atenção no dia, ou uma ideia qualquer. Isso surgiu também, porque hoje na sala de aula, escutando uma pscóloga dando uma aula sobre Pichone Riviere, com suas teorias de comportamento humano, surgiu o tema: manifesto!!!E eu, durante as duas primeiras horas estava de boca fechada... escutava um e outro comentário de alunos, mas continuava calada. E nesse momento, como o tema era manifesto, resolvi manifestar com o infeliz comentário: "Eu não acho que o manifesto é sempre necessário!!" (essa frase me tirou toda a razão do raciocínio). Pareceu que eu estava devalorizando Riviere, e mais, nem um pouco interessada na aula. Depois expliquei meu ponto de vista... na verdade, comentei isso porque durante a palestra, eu fui ficando irritada com o comentário de um companheiro de classe, ele é um desses que gosta de terminar a frase antes do professor e sempre com um provérbio. Isso me irrita profundamente e cada dia mais... (mas aos poucos estou aprendendo que é necesário falar coisas obvias... e aparentemente estúpidas). A partir de hoje vou ser mais ativa nas aulas de pscologia, mas juro que não vou fazer conclusões ja subentendidas e muito menos terminar um tema com provérbios. Vou ficando por aqui... provavelmente a noite volto (se o sono não vem), já estou me acostumando, por uma estreia, escrevi bastante.